Para Fernando Medina, o líder do Chega vai avançar com uma candidatura presidencial por “não ter solução” depois de Gouveia e Melo se ter afastado e acredita que “o normal” será o PS avançar com apoio à candidatura de Seguro. Já Miguel Poiares Maduro considera que para evitar que o Chega fique sem candidato André Ventura acabará por assumir o risco.
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Sejam bem-vindos ao conversa de eleição já com Fernando Medina e Miguel Paiares Maduro à distância. Miguel Paiares Maduros que continua pelos Estados Unidos. Sejam muito bem-vindos. Eh, estamos quase a fechar o verão. O verão que ficou marcado pela pelos incêndios e esta semana há novamente risco eh para fogos no país. Hoje o primeiro-ministro eh já dizia, falava desta nova ameaça e a verdade é que eh no final de agosto Portugal já tinha a maior área ardida dos últimos 20 anos. Até agosto arderam mais de 250.000 haar. Miguel Paiares Maduro. Luís Montenegro disse hoje que houve reacendimentos fora do normal durante o o mês de agosto, mas não teve o governo tempo para se preparar melhor eh para o combate aos incêndios deste ano? O o que eu gostaria era que todos nós contribuíssemos para nos focarmos num debate sobre os aqueles que são os problemas de fundo nesta nesta matéria do no país e quer aquilo em que temos evoluído, queamos espaço de evolução e de minoria, quer aquilo em que ainda temos ainda temos de melhorar. E eu acho que eh este debate muito de curto prazo, imediatista, eh eh independentemente de reconhecer, por exemplo, que a comunicação do governo nesta matéria eh não funcionou não funcionou bem, que esse que esse tipo de debate não é útil e e espero que todos os háveis públicos, mas também os jornalistas contribuam para o debate de fundo que é necessário. E esse debate de fundo é visível se nós olharmos para os dados. O que nós vemos com os dados não é apenas um aumento da área ardida, mas é sobretudo a grande diferença nos últimos 25 anos face aos anos anteriores, é um aumento enorme dos grandes incêndios eh eh h muito superior àquilo que acontecia antes dos 25 anos e, portanto, algo que se tem passado em 25 anos para termos regularmente e normalmente é por ciclos de de 6 7 anos, um conjunto de incêndios de enorme dimensão. Isso tem muito a ver, segundo aquilo que dizem especialistas, quer por um lado, quer com as questões das alterações climáticas eh eh que controlamos poucos, mas para as quais nos temos de preparar a eh adequadamente, quer com temas de gestão do território, ou seja, nós temos tido um abandono de partes do território e da sua gestão económica desse território que potencia eh que esse eh eh eh que esse território arda mais facilmente e com incêndios de muito mais dimensão. E aquilo que me parece importante era nós focarm-nos nesses temas de de de longo prazo, perceber o que é que foi aplicado e não foi aplicado no relatório de 2017, que me parece muito muito bem feito. olhar para uma das consequências do relatório 2017, me parece positiva, que foi a criação da agência de gestão integrada dos fogos, eh h que tinha sido uma sugestão dessa da dessa comissão e ver para os olhar para os relatórios dessa agência que já são muito interessantes e que já trazem dados que antes não tínhamos, mas também para aquilo que essa agência identifica como falhando e que muitas vezes, por exemplo, no combate tem a ver com a fragmentação e a e a continuação de uma existência de uma coordenação efetiva, que era que a Comissão Técnica Independente de 2017 já tinha mencionado, mas sobretudo para além do combate ver o tema da prevenção que exige medidas de longo prazo. Acho que a ideia de um pacto que o governo propôs é uma proposta positiva. Agora, esse pacto tem de ser feito começando por avaliar bem, com base no relatório 2017, o que é que foi implementado, o que é que não foi implementado, porque é que essa implementação não aconteceu e daquilo que foi implementado, o que é que está a funcionar bem e o que é que tem a ser melhorado. Fernando Medina, voltamos outra vez à à mesma discussão sobre a prevenção e e o debate que tem que existir. Não corremos o risco que acabando o verão este tema também volte a ficar encostado. Sim. Corremos. é uma prática do país que é preocupa-se e levanta-se muito quando as coisas acontecem, quando as coisas saem do radar parece que desapareceram e que nunca aconteceram e que não são preocupação. Mas aqui a comunicação social tem também um papel importante em definir também a agenda, não é, do que se fala e como e como se fala. Eu acho que é importante o trabalho que o Miguel refere. É importante pegar no relatório 17, ver o que foi feito, o que não foi feito, o que avançou, o que não avançou, o que é que precisa de ajustamento, correção, mais ênfase, menos ênfase. Isso é um trabalho muito importante. A, mas quero também frisar que é importante a avaliação daquilo que correu profundamente mal do ponto de vista da estruturação do sistema de de prevenção imediata e de combate imediato nestas nas semanas anteriores aos grandes focos que nós tivemos este ano. Por isso, o que nós assistimos foi na existência de uma cadeia de comando estruturada, organizada com poder. uma ministra da administração interna com dificuldades a encaixar-se no papel e no terreno a abundarem os relatos de desarticulação de meios, de estratégias, de eh chegadas muito tarde aos focos de incêndio. E sabemos que chegar cedo é muito importante para evitar que o incêndio passe de determinada dimensão, porque a partir daí eh já se torna muitíssimo mais difícil de de poder de poder ser combatido. A, e por isso eu acho que esta avaliação não é só isto, não é uma avaliação do curto prazo, isto é uma avaliação da resposta no domínio da prevenção e do combate no imediato. Dou um exemplo. Sabendo-se que o país pode ter dias de muito calor daqui a uma semana, é evidente que os dispositivos e os alertas têm que soar todos. Primeiro lugar, estar tudo em prontidão. Segundo lugar, os meios serem deslocados para os locais, onde há maior eh risco de incêndio, nomeadamente na região centro e também na região norte. Em terceiro lugar, tem que se utilizar todos os recursos, tem que se fazer as proibições imediatas de um conjunto de matérias sobre eh o trabalho em terras agrícolas, a utilização de máquinas, eh a a realização de festas e a utilização de pirotecnia, eh uma vigilância mais atenta até com o recurso auxílio de militares relativamente aos acessos a áreas críticas para no dia em que são os dias de maior risco, depois o combate também possa ocorrer com um comando organizado, centralizado, eh que funcione com muita rapidez. Ora, nós não tivemos nada disso este ano. HH, tivemos a oportunidade os dois, aliás, de falar aqui sobre isto. Eh, eu acho que o governo aprendeu, não é, no sentido nesta dimensão. Eu acho que o governo e o próprio alerta que o primeiro-ministro fazem hoje é prova de quem não quer agora deixar repetir, não é, nestes próximos dias de ameaça, h, aquilo que aconteceu há poucas semanas atrás. E nesse sentido, eh creio que está a fazer melhor daquilo que fez de há poucas semanas atrás. Vamos já partir para outro tema para as presidenciais. Na última semana tivemos algumas novidades, desde logo a confirmação de mais uma candidata, Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, que vai avançar com uma candidatura para a presidência da República. Miguel Paiz Maduro, mais uma candidata à esquerda. Isto pode favorecer à direita. h pode favorecer, mas eu acho que estas eh eleições presidenciais estão muito abertas h quer em função da multiplicação de candidatos nas duas esferas políticas, quer na dificuldade de definir o que é que é esquerda e direita hoje em dia e na crescente eh eh ausência de fidelidade, digamos assim, do eleitorado relativamente a certas áreas áreas áreas políticas, o que torna muito mais difícil prever qual vai ser o resultado destas eleições. Parece-me, claro, que iremos a uma segunda a uma segunda volta, eh, mas difícil de prever quem são os dois candidatos. É conhecido que eu aponho um candidato que é o Dr. Luís Marcos Mes e já disse várias vezes porquê. Acho que precisamente neste período, portanto, a fragmentação e polarização política, é importante ao ter alguém que ao mesmo tempo conheça muito bem a política portuguesa e como é que ela funciona para ser capaz de construir as pontes e as áreas de compromisso, mas também tenha ao mesmo tempo uma perspectiva crítica se e de algum distanciamento sobre essa política portuguesa. penso-me que ele reúne essas duas características relativamente à àquilo que aconteceu esta semana, nós tivemos realmente do o aparecimento da candidatura Catarina Martins, que não me surpreende eh eh atendendo a ausência de um outro candidato que pudesse mobilizar essa esquerda que ainda não sente não sentia representada por eh eh por António José Seguro e e penso que Catarin Martins também não será suficiente para isso. O Rui Tavares já o veio dizer do ponto de vista do do do livre. Agora, do ponto de vista do Bloco de Esquerda, faz sentido porque penso que Catarina Martins tem uma popularidade superior àquela que é hoje eh o eleitorado do Bloco de Esquerda e sobretudo o eleitorado do Bloco de Esquerda, tal como expresso nas últimas legislativas e a ausência de outros candidatos à esquerda também lhe oferece uma margem maior de crescimento, portanto é possível que ela consiga um resultado superior àquele do seu partido e eh que para e o Bloco de Esquerda pode ser muito importante porque o Partido tá mesmo em riscos nesta altura. desaparecer. A outra novidade, a a outra novidade é o aparecimento da da ou quase pré-anúncio da candidatura da André Ventura, eh, que ia confirmar-se, como parece, não me surpreende. Eu acho que ele não tinha eh nenhuma alternativa boa e, portanto, não tinha nenhuma outra alternativa. É verdade que sendo candidato corre o risco de ter um resultado inferior àquele que o Chega e teve nas legislativas e ainda mais relativamente àquele das últimas sondagens. Mas se não fosse candidato o Chega não teria ninguém, não não se via ninguém minimamente próximo de obter um resultado h que não implicasse uma forte derrota eleitoral para o Chega. E, portanto, para evitar isso mesmo, André Ventura tem de correr o risco, sendo que, atenção, neste contexto de fragmentação e ao mesmo tempo que há um crescimento do do do do Chega, eh há um risco de eh um risco para aqueles como eu que acham, fazem uma avaliação crítica dessa candidatura, há um risco de André Ventura ser um dos dois candidatos a ir a uma segunda a uma segunda volta. Acho que o almirante comel provavelmente é aquele que tem mais a perder com esta candidatura. Eh, h, acho até aquilo que se soube de um eventual encontro entre ele e e e André Ventura eh eh provavelmente visava isso mesmo, visava e ver se e se evitava pelo menos a candidatura de André Ventura porque Palmeirante para GOV Mel parte do seu eleitorado parece estar aí. Eh, e aquilo que é possível que vamos assistir é GML tentar neste momento distanciar-se desse eleitorado antissistema e aparecer mais como um candidato que faz eh digamos eh a ponte entre o eleitorado socialista e o eleitorado do do PSD. penso que vamos ver isso. Uma tentativa de reinterpretação ou de reposicionamento do próprio Almirante. Era exatamente isso que que eu que eu ia dizer há pouco. André Ventura abriu essa possibilidade na sexta-feira, disse estar disponível para ir, se assim o Conselho Nacional do Chega a a entender. Fernando Medina, como é que vê esta eventual esta eventual entrada ou nova entrada de André Ventura e na corrida e nas presidenciais e também a entrada de Catarina Martins? No fundo, o que é que pode mexer entre todos os candidatos? Vamos começar eh pelo lado direito, porque é onda do do espectro político, é onde, aliás, as as novidades são maiores e o número de candidatos e eh vai crescendo em grande a grande velocidade. Não nos esqueçamos que nós já temos eh também a candidatura de Cotrin Figueiredo. Sim. iniciativa. Sim, pronto. a e que essa sim, na minha opinião, deve ser levada a sério, na medida em que creio que vai cobrir um espaço no centro direita que porventura Marques Mendes não está a conseguir cobrir ou cobrirá com mais dificuldade, nomeadamente no eleitorado mais jovem, repetindo, no fundo, a fórmula, um pouco a fórmula de atração que a iniciativa liberal tem sobre eh o eleitorado mais jovem e que temos visto em eleições eleições de crise legislativa. Relativamente a André Ventura, eh, eu acho que o tema é o seguinte. Hum, André Ventura e está numa indefinição estratégica e nota-se, aliás, por aquilo que ele faz, que está indeciso sobre o caminho a tomar. Eh, se não fosse assim, não teria ido para o Conselho Nacional ou como se chama o órgão do Chega, pôr, no fundo, em aberto a questão que obviamente não teve nenhuma resposta no Conselho Nacional. Dividiram-se todos porque não sabiam o que é que haviam de fazer. A questão, no fundo, é a seguinte. André Ventura eh eh tem nas eleições legislativas um resultado bom, tem um resultado de segundo partido. Andre Ventura está a tentar fazer uma caminhada de um de afirmação de um perfil mais primo ministeriável, tendo em vista numas próximas eleições legislativas ou já selar ou criar uma crise política em 2026, não este ano, mas no próximo ano, eh ou no momento que lhe for oportuno e tentar no fundo, ser o partido mais votado. E daí, aliás, a importância que ele dá à sondagem que saiu, saiu hoje. Por outro lado, ele só pode fazer isto se de alguma forma pudesse ter no almirante alguém em quem ele pudesse a poder cantar a vitória com a vitória do almirante na noite. E ora, o almirante percebe que também não pode fazer isso porque isso lhe iria alienar um conjunto muito importante eleitorado, como Miguel referiu, entre o PS e o PSD. Isto é, dentro dos dois blocos do do centro direireita e do centro esquerda. E por isso André Ventura eh hesita eh sobre eh o que fazer e eh pode estar aqui a jogar, estará certamente aqui a jogar uma carta que é arriscada. Uhum. Eh, porque no fundo qualquer resultado abaixo de 20%, qualquer resultado em que André Ventura pelas circunstâncias desta campanha não passe a uma segunda volta, será obviamente visto como uma derrota de André Ventura e uma diminuição da sua da sua importância em sentido inverso. André Ventura eh tiver e passar à segunda volta. Bom, então aqui temos ainda um reforço adicional, mas é um risco que eu acho que André Ventura não queria correr pelas eleições legislativas que teve. Isto é, o melhor resultado dele. Não precisava de ser posto em causa. E uma eleição presidencial pode pô-lo em causa. Eh, e por isso é que ele está tão hitante, porque ele também não tem nenhuma boa solução. Ele não tem nenhum nome forte para apoiar. Ele não tem nenhum nome que consiga ter uma percentagem minimamente digna. a única solução que ele tinha era eh no fundo eh fazer uma demonstração de apoio ao Almirante e ser bem recebido por isso, mas o Almirante já lhe fez saber eh o que achava sobre essa matéria. Eh e por isso eu creio que a probabilidade depois deste caminho todo que já foi feito é que ele será mesmo candidato, mas numa jogada de e elevado elevado risco político. À esquerda, à esquerda as coisas estão mais simples. H, isto é, posicionando, nós estamos a discutar umas eleições presidenciais que vão ser as primeiras da nossa democracia em que nós não temos no centro direita e no centro esquerda candidatos que sejam os chamados ditos candidatos naturais a uma eleição presidencial. Quem é que seriam os candidatos naturais? Os candidatos naturais são aqueles que foram ex-preiros ministros, ex-líderes dos partidos, ex-figuras da referência. Naturalmente que à direita Pedro Pass Coelho seria um candidato mais natural, à esquerda António Costa seria um candidato mais natural. E por isso, na ausência destas figuras, não é, nós entramos numas eleições presidenciais. Marcelo Relu de Sousa era claramente uma personalidade de com esse estatuto já na sociedade já na sociedade portuguesa e nas eleições anteriores que Cavaco Silva quando Cavaco Silva foi candidato e e quer na que perdeu, quer quer nas que ganhou, isso era indiscutível, gostando-se mais ou gostando-se menos de Aníbal Cavaco Silva. H Jorge Sampaio também e Mário Soares, indiscutivelmente. Ramalos é a mesma coisa. E por isso, essas são as primeiras, não é, que têm esta este quadro de excecionalidade. À esquerda, como é que estão as coisas? H, há, no fundo, um candidato que está no espaço do Partido Socialista. Eh, formalmente ainda não está definido esse apoio, mas não se vê e não creio que apareça qualquer outra candidatura dentro do espaço do Partido Socialista. Eh, alternativa António José Seguro. H, portanto, deve ser o candidato apoiado depois das autárquicas pelo PS. Vamos ver qual é a decisão que o partido toma. Não, não, não posso antecipar isso. Aliás, não tenho funções de responsabilidade no partido sobre que me permitam avançar avançar com com esse com esse tema. Não, mas é indiscutivelmente um candidato foi secretário geral do Partido Socialista, foi eh ocupou diversos cargos de responsabilidade. Não há sequer outro candidato da esfera do Partido Socialista, militante do Partido Socialista nesta contenda. E por isso creio que esse é um caminho relativamente natural. H, agora o aparecimento de Catarina Martins, no fundo, o a esquerda procura uma alternativa a Sampaio da Nóa, de há quatro de há 5 anos atrás, não é? Eh, eh, setores da esquerda portuguesa procuram alternativa a um candidato que fosse capaz de agregar uma parte importante do Partido Socialista, uma parte obviamente o livre, eh, e o Bloco de Esquerda. Pronto. Agora, eh, Sampaio da Nóvoa, eh, ele próprio reconheceu que não era o candidato nestas circunstâncias, isto é, que no atual quadro político não reunia as condições para o ser. Eh, o que deixou o livre perdido, não é, e sem candidato. E Catarina Martins toma esta decisão, eh, que creio que vai e sei aí, sou menos otimista que o Miguel. Eh, menos otimista, não é otimista, menos, como é que eu vou dizer? Menos, não queria que o Miguel fica otimista com essa candidatura. Estou a dizer menos positivo. Quer dizer, eu eu acho Catarina Martins, eu acho que o Bloco de Esquerda tem a expressão que tem, não é, neste momento, não é? Teve bom resultado que teve nas eleições legislativas. Catarina Martins será a candidata do Bloco de Esquerda, mesmo que eleitoralmente seja marginalmente melhor que Mariana Mortágua e parece-me que será. Eh, quer dizer, não vai ter capacidade. Creio que o livro formalmente ainda não tomou nenhuma decisão sobre o apoio ou não a Catarina Martins, mas mesmo que o apoio, vamos lá ver, o eleitorado do livro está mais próximo do Partido Socialista do que está próximo do Bloco de Esquerda. Eh, não, não parece sentido ao Fernando, só para dizer, não parece sentido que faç que o livro possa apoiar Catarina Martins, porque é estar a a lançar uma boia de saludação ao ao bloco de esquerda, não é? Que quando neste momento é um partido maior que o bloco de esquerda. Sim, seria, creio que seria insólido, seria um erro, mas o problema do do problema do livro é muito simples. Ou o problema do livro é um problema de do Rui Tavares, que é Rui Tavares tem este problema. Ou arranja um candidato para apoiar ou ele tem que ser candidato. Pronto, é simétrico lado ao de André Ventura ou vai. Exatamente. Exatamente. Tá com problema simétrico ao Dr. André Ventura. E por isso e imagino, h, eh, imagino que ele esteja, Rui Tavares, imagino que ele esteja a fazer tudo para nós em candidato à presidência da República e por isso a inventar e a procurar todas as saídas e soluções. Não falei com ele sobre esse assunto, mas imagino que seja isso que ele tá a tentar fazer. Eh, por isso, eu acho que o apoio a Catarina Martins é muito difícil de fazer-se. H, acho que ele ser candidato e vai ocupar o espaço não só do livre, mas sim tem essa capacidade de ir buscar alguns segmentos dentro do Partido Socialista, como aliás tem acontecido nas últimas eleições, isto é, o livro tem crescido, eh, como na base com eleitorado do Partido Socialista que não se revou na na estratégia e na e na e na e na liderança anterior e que no fundo engrossaram as fileiras do livro. No fundo, o livre é o porto de abrigo para o eleitor do PS que e quer votar à esquerda, não é capaz de votar à direita e quer um partido para votar à esquerda. não vota na extrema esquerda, mas vota no partido à esquerda e num rosto eh credível e culto, eh simpático com como Rui Tavares. HH e pronto. E pode ser que ele aí tenha agarre aqui o seu agarre aqui o seu espaço. Agora eh a esquerda vai, na minha opinião, seja com dois candidatos, seja com três candidatos, vai ter que tomar uma opção de fundo, que é a a esquerda quer ou não quer passar à à segunda volta. Eh, se se o centro de esquerda não quiser passar à segunda volta, bom, então é multiplicar os candidatos, eh, e pronto, e, e dividir os votos, não é? Se a esquerda quiser passar à segunda volta, o centro esquerda, então aí terá concentrar os votos no candidato que estiver melhor posicionado à chegada à primeira volta. E parece-me, é pouco provável que não seja que não seja António José Seguro. Última palavra, só que já vou muito longe. Sim, temos que avançar. Eh, o o Almirante eh o almirante dificilmente podia estar a fazer as coisas hh eh pior para ele próprio, não é? Porque o almirante afirmou-se como candidato, no fundo, como o homem que ia pôr ia pôr isto na ordem. Forma simples, não? Era assim que os portugueses o viam e era assim que ele se cultiva, não é? E queria que os portugueses o vissem. Eh, depois percebeu, foi percebendo que isso não era compatível com o exercício dos poderes, com a constituição que temos, com o exercício normal dos poderes presidenciais. Eh, e a coisa foi ficando menos entusiasmante, não é? Se ele vai para o caminho com a entrada de Ventura, se ele vai para o caminho que o Miguel estava aqui a referir, h, eu creio que então aí o caminho que ele vai ter do ponto de vista das sondagens vai ser continuar a descer, porque ele não tem expressão ele como um candidato do sistema, que é onde ele se está a transformar, é no que ele já se está a transformar, há muito melhores candidatos do sistema do que propriamente o Almirande. E aí as as expectativas relativamente Marcos Mendes e António José Seguro ou só bem? Hum, temos mesmo que avançar. Queria que falassem sobre o que aconteceu nos Estados Unidos na semana passada e que ficou marcada pela morte do ativista norte-americano Charlie Kirk, conservador e apoiante de Donald Trump, que foi beliado na Universidade de Utá. Miguel Paiz Maduro está nos Estados Unidos. Há já notícias de algumas empresas que despediram eh pessoas que se congratularam com esta morte. Donald Trump já vem, entretanto, culpar a retórica da Esquerda Radical pelo assassinato. Há também quem fale em vingança. Onde é que esta violência pode chegar? Até onde pode ir? Eu acho que o o nosso ponto de partida na avaliação destas temas é que a violência política não é diferente consoante vem de um ou outro lado político e se manifesta contra um ou outro lado político. Eh, na crítica da violência política tem de ser irrelevante, tem ou têm de ser irrelevante quais as ideias de quem foi vítima da violência política ou de quem eh a pertou. Eh, eh, e entristece-me, mesmo tendo visto em Portugal, algumas pessoas que criticam a violência política, depois introduzem um uma qualificação. Nesta matéria, eu acho que eh eh não pode haver qualquer tipo de qualificação. Eh, outro tema era o que é que cada um de nós achava sobre as ideias eh do senor Charles Kirk. Eh, mas eh quando estamos a falar do ato de violência política, acho que contaminar uma coisa pela outra é extraordinariamente é é extraordinariamente negativo. Eh, como sabem, eu estou aqui nos Estados Unidos da América. Eh, devo dizer que, infelizmente, não estranho a multiplicação dessas circunstâncias de violência política. Eh, este não é o primeiro caso, é um caso que ganhou grande dimensão dimensação nacional, mas ainda há relativamente pouco tempo não apenas tivemos uma tentativa de assassinato do atual presidente, mas como tivemos o assassinato de legisladores estaduais democratas, nesse caso, portanto do outro lado político, também vítimas de violência política e têm-se multiplicado as formas de violência política contra quer o a esquerda, quer contra a direita. forma como eu vejo isso, devo dizer, estando aqui nos Estados América, é conjugação de três coisas. A primeira é para quem passa um pouco mais tempo nos Estados América, caminha pelas cidades, como eu caminho aqui, por exemplo, e em em New Haven, e é uma cidade com uma universidade famosa como nós percebemos que os Estados da América têm um problema de saúde pública mental enorme. a a a o número de pessoas com problemas de saúde mental que andam desacompanhadas. Grande parte do dos eh das pessoas sem abrigo nos Estados América. Em Portugal também temos esse problema, mas pelo menos tem algum acompanhamento e é menor ali em Portugal e na Europa. Mas nos Estados América este problema é um problema de enorme gravidade, com imensas pessoas com saúde mental e não tendo um sistema nacional de saúde, estas pessoas muitas vezes não têm qualquer tipo de acompanhamento e são basicamente um barril póvel que pode ser eh eh iniciado eh eh e por vários por vários fatores de de ignição. E se a esse problema de saúde mental se junta um fácil acesso a armas e a armas muitas vezes extraordinariamente sofisticadas, eh eh por um lado e por outro uma cada vez maior polarização política, nós temos todas as condições para um, infelizmente, eh eh esta violência política a que já estamos a assistir nos Estados América e temo para a sua continuação. Na sequência disto, vi também aspectos interessantes, mais até de que na geração mais o congresso americano dividiu-se sobreviam fazer uma uma oração falada ou só um minuto de silêncio, por exemplo, que achei lamentável mais uma vez aqueles congressistas iam estar a dar um exemplo, não deram, mas ao mesmo tempo vi associações republicanas e democratas de jovens eh como aqui no Connecticut, em que os jovens republicanos e os jovens democratos fizeram uma única declaração conjunta e em que criticavam a violência política dos dois lados. E, portanto, também vi esse aspecto positivo. É, é isso que eu espero que que os americanos eh consigam retirar isto, mas temo que não seja a licença final, até porque, infelizmente, quem lidera os Estados Unidos da América neste momento tem um tipo de linguagem que polariza ainda mais e eh o país. Último ponto que me parece importante, a a infelizmente este risco de polarização política também está a contaminar a Europa e outras e outras partes do mundo. Portanto, nós vamos ter essa polação política. Acho que não temos a mesma suscetibilidade da violência política que os estágios da América, porque não temos esse outros problemas subjacentes de saúde mental, por um lado, fácil acesso a armas, mas podemos vir a ter circunstâncias de de desse tipo e a aumentar, infelizmente, também essas matérias. E independentemente disso, o grau de polarização política é terrível, porque impede a democracia de fazer aquilo que é um dos seus principais objetivos, que é reconciliar as posições diferentes dos cidadãos ou arbitrá-las de uma forma que seja consensual para para para todos. Infelizmente, cada vez menos a democracia consegue fazer esse papel, porque este grau de polarização política a que estamos a assistir e fragmentação é cada vez maior. Fernando, Medina, a minha questão para siia neste sentido, eh, perguntar se na sua visão acredita que esta discussão política e este tipo de de violência, digamos assim, possa chegar também à Europa? Primeiro lugar, a democracia é o sistema que permite arbitrar em paz as diferenças da opinião. Isso é Génese, é a marca, é o é o elemento central de um regime democrático. É um sistema que em que a sociedade se organiza, que contém um conjunto de instituições que estão desenhadas para a arbitrar, permitir a liberdade de expressão e depois para arbitrar no sentido de da da s convivência e da busca de de de soluções mais ou menos consensuais, mais ou menos maioritárias, consoante os casos e consoante os processos. O que nós estamos a assistir é que nós temos uma democracia americana profundamente doente. Eh, eh, nós temos uma democracia americana que fez eh assistiu e e desenvolveu processos que nós achávamos inimagináveis. Eh, creio que na minha geração e do Miguel, que com ênfases diferentes aprendemos todos a admirar muito, não só a democracia inglesa, mas também a democracia norte-americana e com e o seu sistema, embora novo, jovem, não é, do ponto de vista a vitalidade que muitas vezes foi capaz de demonstrar. Eu creio que tudo isso hoje rual. Nós temos eh nós temos a disputa de eleições que não foram reconhecidas por um derrotado. Nós tivemos assaltos ao Capitólio ao órgão máximo da da ao símbolo máximo da democracia norte norte-americana. Nós temos milícias armadas a serem a serem e no fundo promovidas. Nós tivemos uma amnistia a todos aqueles que cometeram crimes contra a democracia e com penas pesadas que foram amnistados. E nós temos visto aquilo que tem sido a a a eh o crescente, não é, o aumento da frequência dos crimes de natureza política com os assassinatos ou tentativas de assassinato de responsáveis políticos, nestes casos uns à esquerda, outros à direita. H, eu acho que isto mostra e traduz uma democracia profundamente doente, não é? A um, a um nível que nós não suspeitávamos ver e que fosse e que fosse possível eh possível ver. eh este eh este e concordo obviamente com o Miguel, quer dizer, a eh a violência sobre eh as vozes do sistema democrático tem que ser condenada sem qualquer manch, sem qualquer hesitação. É, é, é tanto aquele que é atingido, porque sendo de direita, é atingido por alguém ainda mais de extrema direita ou por alguém de esquerda e ou de extrema esquerda, como alguém de esquerda que é atingido por alguém da direita ou até por alguém de esquerda. Quer dizer, não, eh, isso no fundo ataca o coração da democracia, que é cada um no fundo poder ter, expressar o seu ponto e que o sistema desenvolva através dos representantes eleitos, da liberdade de expressão, dos jornais, da comunicação social, da arbitragem dos pontos de vista dos pontos de vista diferentes. Eh, e por isso isto tudo isto merece uma condenação sem sem dmos o nível de polarização eh que que a sociedade americana está, é precisamente vermos aquilo que que o Miguel acaba de referir. Quer dizer, é que o conjunto de vozes que no fundo vem colocar o mas e muitas delas não colocam sequer um mas, no fundo dizem e pá, ainda bem que isso aconteceu, dadas as ideias que ele defendia. hh e eh a confrontação que o presidente Trump cometeu logo sobre este caso, com uma declaração completamente à diferente dos outros ex-presidentes, Obama, que foi insultado objetivamente eh por Kirk por mais do que uma vez, eh, ele chamava-lhe mesmo o homem mais detestável da do planeta que era Barack Obama, foi o primeiro a fazer uma declaração de de condolências e de tentativa de concórdia, não é? e de aproximação de posições. Bill Clinton, a mesma coisa. Donald Trump fez precisamente o oposto, fez uma declaração de guerra, que isto era uma culpa dos democratas, sem se saber, aliás, que muito provavelmente o autor do o o assassino h é alguém que pode até vir das fileiras da direita, pelo menos a sua família vem. Eh, eu não sei se qual é o estado da investigação, mas as indicações que havia é que podia mesmo ser um membro da direita que achava que Kirk devia ainda ir mais à direita. HH E alguém também que sofreu humilhações e pelo próprio Kirk em debates públicos, etc, etc. H, foi Donald Trump quando diz: “Isto é uma culpa dos democratas, nós temos que os vencer”. hh e depois eh acaba numa entrevista televisiva no seu programa favorito, quando lhe perguntam: “Mas o senhor não devia estar a unir à América? Como é que o senhor vai fazer para unir à América?” E a resposta dele é surpreendente. Eu não tenho interesse nenhum nisso. Hum. Eh, I don’t care about that. H e e e e isso obviamente só pode augurar o pior, não é? Para os próximos meses e para os próximos anos. Neste fim de semana também já vimos uma grande manifestação em Londres. Também foi lembrado K. A minha questão era se há risco de na Europa assistirmos a a uma violência que não vá tão tão longe, mas também que comece a surgir alguma violência entre as alas da política. Eu acho que as realidades e a Europa está a passar já já está a passar que isto é não está a iniciar, já se começou há muitos anos na Europa, nós não estamos longe de estar a iniciar esse processo, não é? de um crescendo de forças populistas de extrema direita, eh, que tem ganho posições em diversos países, eh, que em outros países têm capturado, que em algum vários países têm capturado os setores da direita, eh, tradicional, mais liberal, mais conservadora, muito em volta do tema da imigração. Isto é uma constante já no nosso na Europa já não é de agora, já dá muito, eh, dá muitos anos. Nota-se o nível de violência, de agressividade verbal, de agressão com que hoje o espaço público está em Portugal. Nós também nós hoje estamos a considerar normais coisas no espaço público, eh, nomeadamente vindas do lado de André Ventura e foi instigadas por ele que há 10 anos atrás seriam inimagináveis. Isso não aconteceria na nossa na nossa democracia. Eh, e por isso o nosso ambiente também não é bom. Isto é, as nossas democracias estão a ficar mais frágeis, estão a ser fragilidadas, estão a ficar eh com menos energias, menos capacidade de resposta. Tudo virou um campo de batalha e um campo de combate. Não com isto a dizer que nós chegamos a ter fenómenos que como os americanos têm. Nós temos uma temos diferenças enormes, não é, relativamente aos Estados Unidos. Desde logo sublinho duas. Eh, uma legislação sobre legislação sobre armas. Eh, on na Europa o common sense diz que as pessoas não podem andar armadas e a segunda já é um estado social. Quer dizer, o estado social para com todas as dificuldades que ele tem consegue ser ainda assim um amortecedor de um conjunto de tensões e de frustrações que nos Estados Unidos objetivamente não conseguem. Fernando Medina Miguel Peares Maduro. Muito obrigada. Regressamos na próxima segunda-feira com mais um conversa de eleição.
8 Comments
👀
Ventura não sabe o que quer ser
Ventura quer ser Chefe de alguma coisa então vai-se candidatado a tudo
Ventura vai lançando a confusão na política nacional
A culpa disto tudo é da qualidade dos políticos que á em Portugal e que são muito Fraquinhos
Numa coisa Ventura tens razão a culpa disso tudo é do PS e do PSD que são quem tem Governado Portugal á 50 anos e com resultados lastimaveis
Portugal é um País de fazer de conta
As pessoas trabalham chegam ao final do mês e o vencimento não dá nem sequer para pagar a renda da casa…
Hoje em dia até os que têm trabalho são pobres e isso acontece em Portugal
👀
Acho engraçado esses políticos que já estiveram no Governo e nada fizeram e agora querem dar conselhos
Os Políticos em Portugal São uma PIÁDA
essa Gente tem uma grande Lata
São Manipuladores, Mentirosos, e Corruptos
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Os Candidatos dizem que São todos do Centro
Ninguém se quer colocar nem á Esquerda nem á Direita por isso resolveram dizer que São do Centro….
é assim que está a política em Portugal
O candidato que vem da Marinha já ganhou e não foi preciso esforçar-se muito
Os Portugueses querem alguém que mostre Autoridade e porque não alguém que foi Militar….
Os Americanos estão Doentes !…
Imaginem então como estão os Portugueses que trabalham e no final do mês não ganham para pagar a renda da casa….
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O Ocidente está a pagar por aquilo que são as suas políticas Hipócritas ao longo do tempo
mas estes parasitas insignificantes pensam k os portugueses ainda dormem ou kê??!🤔 ainda áh mtos sim, mas os d bem i trabalhadores estão ah akordar. kambada d esterkos metem nojo já não xega d 50 anos d korrupção oh karalhoo? u meu pai i mtos mais uma vida inteira d trabalho 500€ d reforma isto admite s? NÃO! na minha kasa i somos um bom número estamos kom u CHEGA, CHEGA🇵🇹 d korrupção i gatunagem, larápios taxistas💩.
Houve mais incêndios porque o governo assim o quiz ,,,porque tirou os vijias ???? Nao foi para esso mesmo ???? Nao tem outra explicação,,, culpa total ,,,,o governo ,,,,e claro os incendiarios ,,que aproveitam a chance que o governo lhe deu de mao beijada !!!!!
Ah, Ventura. O Trump português. Estamos numa época estranha em que comediantes se tornam políticos: Zelenski, Trump, Ventura, Macron…
Este comunista disfarçado de socialista, o pai era o chefe da seção do PCP no distrito do Porto